domingo, outubro 21

na intimidade do silêncio


















Um discípulo pergunta ao mestre Zen, chinês: “Qual a verdade de Buda?” Que responde: “Não saber e não atingir”.

Pondere brevemente...

A mente tem metas a atingir, inclusive a meta de conhecer a si mesmo. É de tamanho contrassenso, para a mente sistemática cartesiana, a proposta de que você tenha que largar inclusive a meta de descobrir quem é você. Este é um paradoxo que você deve encarar e vivenciar, se está levando a sério o encontro com a Verdade.

O monge pergunta: “Qual a verdade de Buda?” A verdade de Buda é não atingir , não atingir, não atingir, não atingir, não saber, não saber, não saber, não saber. Fica a dica! O primeiro passo para saber quem você é, é ver que você não tem a menor ideia a respeito de nada. Tudo o que você “sabe” não passa de uma repetição, vinda do passado, experiência ou não.

Acomode-se... torne-se íntimo do Silêncio. Dedique um pouco do seu precioso tempo a não saber absolutamente nada. Não importa que os outros queiram saber o que você está “aprendendo” aqui. Deixe-os! Fique em paz com o fato de que saber quem você é não tem nada a ver com o que a mente faz ou deixa de fazer.

Portanto, fica a dica: não atingir, não saber. Se preciso, faça disso um exercício e aos poucos note que não saber é uma preciosa chave para a satisfação. A mente tenta se sobrepor, por hábito, e você permanece cada vez mais fundo no “não saber”.

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