segunda-feira, outubro 22

verdade é beleza

















Satsang propõe um aquietamento que nos acomoda no ambiente do não-saber. Sei que é uma proposta cruel, mas todo o seu intuito deve estar em não repetir aquilo que te disseram.

Veja: chamam de “educação”, mas a verdade é que fomos para a escola para aprender umas quantas coisas absolutamente inúteis. Decoramos onde fica a Tanzânia, qual a capital da Polônia, quantos habitantes tem Paris –como se a população dos países não mudassem. Hoje temos uma vantagem, se queremos saber qualquer coisa, consultamos o Google, e o nosso cérebro está liberado de um monte de besteira, memórias desnecessárias, podendo ser usado de uma maneira muito mais proficiente, para o que importa.

Porém, o sistema estabelecido se mantém e recria as suas formas de manutenção. Uma delas, e talvez a mais potente, é a repetição. Até dizem por aí que “De tanto repetir uma mentira ela vira verdade”. Isso que aprendemos que é um livro, por repetição, de verdade, não sabemos o que é.  E é fundamental desprender-se da ideia de que as coisas são os nomes das coisas. O nome não importa, é apenas uma convenção.

Você não sabe o que é isso ou aquilo, você só repete o que os outros disseram. O mesmo podemos dizer quanto a você. Você se relaciona com um “você” que foi repetido desde sempre. Assim, pondere: sem repetir que você é uma pessoa, um corpo, uma mente, um homem, uma mulher, ou o que quer que seja... Quem é você?

Meu interesse é que você nem mesmo repita o que estou dizendo. Por mais bonito que seja o que estou dizendo, você é muito mais bonito. Aquilo que você é, é pura beleza. Mergulhe para dentro de si mesmo e veja, nenhuma palavra ou sentimento pode definir. Aproxime-se e, primeiro veja, depois seja quem você é. 

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