sexta-feira, maio 27

a presença fazendo nada














Satya, desde sexta-feira à noite, quando esse trabalho começou, eu sinto que estou num estado alterado; mesmo não estando aqui no salão com você. Por três vezes eu tive esta mesma sensação, ao longo dos últimos anos. A primeira vez foi quando peguei o “Livro dos segredos”, do Osho. Aquilo foi muito forte para mim. Assim que abri o livro e comecei a ler, fiquei com essa mesma sensação que estou hoje. Então durante muito tempo eu li esse livro e andava com ele, sem saber por quê. Mais tarde, também neste salão, tive essa mesma sensação com a presença do Kiran. E agora novamente com você. Eu gostaria muito de entender e queria que você falasse o que é isso.
 
Essa alteração vem justamente do fato de você estar sendo convidado a um outro ambiente, que, na verdade, é a sua natureza original. E isso é irresistível. Você não precisa nem entender. Na verdade, vocês fazem um esforço totalmente vão. Não tente entender, simplesmente sente-se e ouça.
 
Diga-se de passagem: não tem trabalho nenhum acontecendo aqui. Essa é uma expressão viciada. Às avessas, estamos aqui fazendo absolutamente nada. E é isso que altera e faz com que algumas pessoas não gostem de voltar, porque pensam: “Vou ficar lá, fazendo nada, apenas ouvindo...”
 
Mas se ouvir bem uma única vez, nem me ouvir será necessário. Apenas fique aqui. Este é o único refúgio que você tem. Voltar-se para dentro não permite um entendimento lógico. Quanto mais você nota, mais alimenta a Presença.
 
Você vê que a mente está muito mais silenciosa hoje? Isso proporciona esse, por assim dizer, estado alterado. A Consciência está sendo alimentada. E a verdade é que você sairá daqui com isso. Isso vai com você a todos os lugares.
 
Existe a tendência de voltar para o conteúdo, por várias razões, mas o meu convite é para que você se renda; e isso que você está descrevendo estará sempre presente, ainda que nem eu nem você saibamos o que é.

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