quinta-feira, maio 5

a vida e o medo da morte




















O convite de Satsang é para que você morra. Até quando vai fugir disso? Pare tudo e diga: “Daqui eu não saio, não importa o que aconteça. Porque todo o perigo é imaginado”. Está tudo dentro da sua mente. Fique no Silêncio do agora. Pegue toda a sua alucinação, todos os seus problemas, aquiete-se e preste atenção.

Conta-se que quando Buda se deu conta de quem ele era, ficou por cinco anos ao redor da árvore Bodhi, sem fazer nada, apenas prestando atenção. Você já perdeu tanto tempo, que mais cinco ou menos cinco anos, não será problema. Na verdade, todo o meu empenho é para que você pegue o que é Verdade e ofereça para a vida. Ofereça o verdadeiro para o ilusório. Brinque! Entre com o verdadeiro no ilusório e veja o que acontece. Veja se o verdadeiro pode ser manchado pelo ilusório.

Note que volta e meia o verdadeiro parece estar chamuscado, mas aquiete-se e veja se é isso mesmo ou se essa é mais uma ilusão. A mente tem apenas um compromisso e não é com a Verdade. Os seus pais não lhe darão uma passagem para que você descubra “quem você é” – eu duvido. E este é o ambiente onde a sua mente existe, onde os valores são completamente outros.

Se você colocar em risco ou, melhor ainda, questionar o seu medo, colocar no fogo aquilo que mais lhe amedronta, há uma chance de que o medo queime e você fique sem ele. E sem medo, você deixa de servir o sistema, deixa de servir à mente.

Você pode muito bem saber onde se encontra e se está agindo baseado no medo, a favor da mente, ou  se está agindo a favor do Ser.

Na verdade, quero que veja o seguinte: para onde você está indo? Porque se aproximar daquilo que a sociedade quer, daquilo que seus pais querem e fazem, sem a menor investigação, é perpetuar a ilusão. Afastar-se daquilo que todos querem, daquilo que os seus pais querem, daquilo que a cultura quer, é aproximar-se daquilo que você é – que não pertence a nenhuma cultura e que não se encontra no tempo.

Morte é a porta e só morre aquilo que pode morrer. Aquilo que não pode morrer, não morre. Se você se confunde com aquilo que pode morrer, existe medo. Se não se confunde, não há medo. Ao contrário, desaparece a ilusão da morte e daquele que pode morrer.

4 comentários:

  1. Namastê mil vezes !
    O que mais precisa ser dito ?

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  2. " O Mundo está de Pernas ao Ar, nós é que julgamos que o vemos direito. Se observarmos sem distorção da mente vamos verificar que afinal Todos Somos O Mesmo, vendo através de um caleidoscópio multiforme rodando, rodando sempre!"
    Abraço Satya e obrigado por nos indicar A Porta.

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