sexta-feira, junho 1

agora, sem amanhã
















Uma historinha bela que me foi contada por uma amiga...

Sua filha, quando criança, ainda bem pequena, sempre perguntava quando era o amanhã. A mãe, sem demora, respondia: amanhã é depois que você dormirDaí, você acorda e é amanhã. A criancinha, curiosa por conhecer o amanhã, dormia e, assim que acordava, pergunta novamente: mãe, hoje já é amanhã?  E a mãe, de novo, lhe explicava: não, hoje é hoje. Amanhã é só depois que a gente dorme e acorda. E a criança continuou, a cada manhã, perguntando se o amanhã já havia chegado.

Naquele momento, essa mãe não tinha acesso ao “agora” e não soube como apresentá-lo. Mas, definitivamente, o “agora” sacia toda a necessidade de busca. Quem se importaria com o amanhã, repousado no agora? Até porque não tem amanhã.

Só tem um lugar para estar e esse lugar lhe é dado de presente. Se você se aquieta, você nota que no aqui e agora não tem mente. E mesmo que a mente apareça, como você não a alimenta, ela desaparece. É como se a energia, que antes estava focada em um determinado lugar, fosse deslocada.

O seu corpo-mente tem sempre um impulso, porque a natureza do corpo-mente é movimento. Parada, a mente não existe.  Então, para se alimentar, ela sempre irá fazer alguma coisa. É o movimento da mente e do corpo que faz a manutenção da ideia que você tem de si mesmo.

Se você se aquieta, essa ideia não é mais alimentada, ela começa a sumir e aparece algo novo: você, finalmente, se torna consciente de que você não é o que você pensa que é. Neste ponto, você retorna à inocência da criança, ao não-saber, e a observação da Consciência que você é se abre com total clareza e abundância. 

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