quarta-feira, junho 27

contente: aquilo que contém


Sua avó disse que você está dentro do corpo. Sobre isso, proponho uma breve investigação.

 

Você está sentado aqui comigo?

 

Participante – Aparentemente.

 

Beautiful! Você nota esse corpo sentado? Isso é notável? Quero promover um salto, quero que você se dê conta de algo importante a respeito de quem você é. O quê ou quem é que nota esse corpo aí sentado?

 

Participante – É algo que não posso ver, mas está presente aqui comigo, sempre teve.

 

E isso se encontra dentro do seu corpo?

 

Participante – Se encontra no todo, em toda parte.

 

Que tamanho tem?

 

Participante – Não tem.

 

Qual a forma?

 

Participante – Não tem.

 

Idade?

 

Participante – Não tem.

 

Agora, olhe para dentro disso que não tem como medir e veja se existe alguma turbulência.

 

Participante – Sinto como se eu estivesse dançando.

 

Não imagina nada e veja se continua dançando ou se existe alguma turbulência dentro disso.

 

Participante – Agora, um imenso vazio.


O que acontece com a sua mente na presença desse vazio?

 

Participante – Não penso em nada.

 

Daria para dizer que sua mente está quieta?

 

Participante – Sim.

 

Isso é você. Você é essa presença silenciosa, pura Consciência. E quanto mais você nota isso, quanto mais você se aproxima disso na sua vida, no seu dia-a-dia, seu corpo se torna mais à vontade, ele relaxa, e a sua mente se aquieta. De verdade, não há nome ou sequer um adjetivo que possa descrever precisamente o que você é.

 

A nossa "avó", o passado, nos deu a ideia de que estávamos dentro do corpo. Agora olhe com a pureza e a clareza da Consciência e veja se você esteve alguma vez aprisionado dentro do corpo. Nos foi dito que, ao nascer, entrávamos no corpo e, quando morríamos, saíamos do corpo. Aqui, diante dessa nova visão, pondere: você está dentro do corpo ou o corpo está dentro de você?


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