quinta-feira, setembro 27

o dilema da semente e a aventura da flor


















Você está cheio de ideias. Em alguns casos, “boas ideias” eu diria. Mas não esqueça que as suas ideias vieram de algum lugar do passado. Mesmo a ideia a respeito de ser o “Silêncio” você herdou do Ramana ou do Nisargadatta. Preste atenção. Descubra aquilo que é original e genuíno.

Afinal, qual a diferença entre uma ideia ou outra? Lembre-se: não há nenhuma proposta de aprimorar ou elaborar mais ideias. Não estamos falando a respeito de conceber algo, nosso encontro consiste em pousar em Si, em descobrir quem você é e viver isso secretamente.

Falo “secretamente” porque é como uma gestação. Aos poucos aquilo que você vê em Satsang vai tomando forma na sua vida e, consequentemente, virá a nascer e mostrar-se ao mundo ao seu redor. Porém, não se apresse nem se engane. Quando o parto acontece, morre a mãe e nasce o novo. De outra maneira, para que você compreenda bem, conceba a metátora da semente. Para a flor se abrir, a semente precisa morrer.

Você se apega ao “ser-semente”, limitado, e não se abre para a possibilidade da expansão. Ou, pior ainda, você até deseja ser uma árvore frutífera, cheia de flores, mas não quer deixar de ser semente. É um grande dilema, o dilema da semente.

Quando você começa a se abrir, a deixar de ser semente, aquilo que estava “protegido” no ambiente da semente tende a sofrer, porque a mente prefere conceber este momento como uma “morte” ao invés de ver o “nascimento” que está a ocorrer. Um certo estranhamento é natural, tudo parece novo. As velhas roupas e até os velhos amigos podem não se encaixar ao novo-você. Mas, afinal, o que você quer? Agora, aquilo que é original pode brotar e a vida se torna uma grande aventura, a cada momento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário