quarta-feira, outubro 31
do sucesso que nāo sucede
segunda-feira, outubro 29
a turbulência e o preguiçoso
Quando a mente estiver emaranhada no velho vicio, dê-lhe uma "chupeta". A pergunta "Quem é você?" deve ser a sua melhor amiga. Mesmo num momento de turbulência, se você já se deu conta de quem você é, não só pode perguntar para si mesmo, como pode receber as ofertas feitas para que você desperte.
Por mais que tudo pareça perdido, quando você sabe quem você é, num mínimo instante, tudo desaparece. Tenha isso claro, e será "iluminador".
Participante – Exige um pequeno esforço, não é?
Não, não exige. Exatamente quando você não está fazendo nada, a Verdade É. Esforço é ficar metido na história sem fim e tentar resolver seus dilemas. Quando surge a pergunta "Quem é você?", e você aceita o convite da resposta que se instala imediatamente, que esforço é exigido?
Adorava quando Osho dizia que ele era o maior preguiçoso que o mundo já conheceu. Proponho o mesmo: não saia de "casa", não saia do seu Ser. As coisas são o que têm que ser, apenas observe.
sábado, outubro 27
por isso o imensurável não tem tamanho
quinta-feira, outubro 25
além disso e daquilo
quarta-feira, outubro 24
as flores não pensam e a mente amarela
terça-feira, outubro 23
atrás do espelho e o reflexo
“Quem sou eu?” é a nossa única questão. Aqui, portanto, proponho não que encontrem a resposta, mas que tenham a “visão”. Não há uma resposta, há um “ver“. Não se trata de uma resposta com palavras ou de um entendimento intelectual. Se trata de uma visão. Porém, uma visão que não depende dos seus olhos (e nem de nenhum outro sentido).
segunda-feira, outubro 22
verdade é beleza
domingo, outubro 21
na intimidade do silêncio
quinta-feira, outubro 18
a realidade das nuvens no céu
As pessoas confundem autoconhecimento com um balanço do passado, com uma espécie de maneira perfeita de lidar com as situações. Mas isso não tem nada a ver com você, não tem nada a ver com o verdadeiro autoconhecimento. A verdade é que o autoconhecimento desprende você dos acontecimentos. As nuvens não são o céu.
Toda a brincadeira consiste em convidá-lo a olhar para dentro. Não importa quantas vezes você tenha ouvido isso, este movimento é eterno – eterna vigilância. Não tem outra maneira, olhar para dentro é a eterna vigilância.
O chamado para o lado de fora é imenso e muito poderoso, aparentemente. Olhar para dentro desmistifica essa realidade que você comprou como verdade, e é por isso que tão poucos encaram tal proposta. Olhar para dentro revela a chamada "realidade" como ilusória, passageira, nuvens, e nisso, todos os valores passam por uma revisão.
Portanto, olhe para dentro, de novo, de novo e de novo. Até que você, como consciência, esteja tranquilamente assentado, indubitavelmente acomodado na realidade do Ser, da Consciência que você é. O céu no céu e as nuvens passam, na sua dança ora branca ora negra.
Veja: é muito sutil. A mente apreende a ideia de que você não deve ter dúvidas e elabora um sistema que repete "Já sei tudo! Não tenho dúvida alguma". Mas não estamos aqui para você entender algo, não ter dúvida não é não ter dúvida. O nosso propósito é perder, perder todos os conceitos, desprender-se de todos os acontecimentos e habitar o dentro como realidade. E dentro do céu tudo é possível.
quinta-feira, outubro 11
terça-feira, outubro 9
a vida não-sei
O que é isso?
Participante – Em primeira análise, seria um livro.
Ok, vamos então para a segunda análise.
Participante – Um monte de folhas organizadas de forma...
Não sei se você se deu conta, mas quando você falou que isso era um "livro", de onde tirou essa informação?
Participante – Do que a minha cultura me ensinou que era.
Ok, e a sua segunda análise a respeito "disso", de onde veio?
Participante – É como um rebusque, uma análise-brincadeira.
Mas vem do mesmo lugar.
Participante – Sim, do mesmo lugar.
O convite é abrirmos a capacidade, a disponibilidade de ir o mais fundo possível. E, na verdade, o mais fundo não está distante, está muito perto, inclusive na superfície. Então, agora, vamos à terceira análise. O que é isso?
Participante – É algo que você quer que eu olhe e pense além daquilo que...
Hum... Vamos à quarta análise, então.
Participante – Continua sendo análise.
Sim, continua sendo. Vamos à quinta análise. Veja bem, sem associar esse objeto com o que quer que seja que você tenha recebido no passado, a respeito dele, o que é isso?
Participante – Nada. Ou melhor, isso ainda é uma análise. Não sei, então.
Isso! "Não sei" é o nosso ponto de partida. Se você não repete o passado, você simplesmente não sabe. Agora note como é repousar nesse "não sei", por um breve segundo que seja... De repente, o que é o mundo? Quem é você? Quem é sua mãe? Onde está seu marido? Veja se essa visão promove aquietamento e acomode-se nisso. Acomode-se nesse ambiente chamado "não sei" e veja a vida desabrochando espontaneamene à sua frente.
segunda-feira, outubro 8
o indescritivelmente simples
"Quem sou eu?" – É fato que se jogarmos essa pergunta de uma maneira geral, receberemos descrições de objetos e histórias. Satsang, no entanto, propõe que ultrapassemos a história.
Desvie da descrição e veja exatamente o que está por trás dela. Veja que você é Aquilo que tem consciência de todos os eventos, muito antes da descrição. É de uma simplicidade atroz, e ao mesmo tempo, paradoxalmente, de grande complexidade. Esteja aberto.
A grande maioria das pessoas teme o confronto com a verdade porque não querem perder a noção de "eu", não querem se deparar com o fato de serem "nada". Isso faz com que o "ser humano" – muito precariamente – se apegue a coisas sem a menor significância.
É por esse motivo que honro que você esteja aqui e seria de muito bom tom que você honrasse também. O confronto com a Verdade deve ser altamente respeitado. Uma vez diante da Verdade revelada em Satsang, a vida passa a ser um grande convite à entrega. Tudo pode ser uma alavanca para acionar o rompimento com a descrição, com o pensamento.
Permita-se olhar para o mundo além das descrições. Primeiro elabore isso com os objetos mais distantes, depois com sensações e pensamentos, até chegar nisso que você chama de "você". Quem é você, além das descrições?
sexta-feira, outubro 5
o não-lugar chamado dentro
Você quer manter o domínio de certos conceitos, e até propõe que os seus conceitos sejam os mesmos que os meus. No entanto, o convite aqui é que você se afaste dos conceitos, mesmo os mais incríveis. Porque, se você puder se afastar, o próprio afastamento representa o aparecimento daquilo que é verdadeiro em você.
Se você se afasta dos conceitos e se aproxima do silenciamento, está se aproximando da Verdade, d'Aquilo que você é.
Satsang não propõe domínio de conceitos nem domínio de prática. Quando digo que você deve "praticar" a sua atenção no lugar certo, corro um sério risco de ser mal-compreendido, pois a mente tende à interpretar à sua maneira.
Na verdade, se trata de uma mudança de foco muito sutil. Enquanto você se envolve com o corpo, a mente e as emoções, você é "alguém" que tem um nome, uma idade, um sexo, uma nacionalidade, um marido, uma profissão. E não há problema com isso, exatamente. Porém, você não pode encontrar a si mesmo nesse terreno. Se seu objetivo é ver a si mesmo, tem que olhar para um outro "lugar" que costumo chamar de "dentro", na verdade um não-lugar.
A maioria das pessoas estão envolvidas com os sentidos, elas se ocupam ou em parar de sentir o que não gostam ou em manter aquela sensação que gostam. Este é o dilema da humanidade e veja quanta energia é desprendida com isso. Falemos de tirania... Você não consegue dar liberdade nem para os seus pensamentos e sentimentos, o que dizer a respeito de libertar-se de si mesmo? Diga-se de passagem: esse "si mesmo" é formado pelos pensamentos e sentimentos.
Tem um lugar em você que não é acessado pelos pensamentos nem pelos sentimentos. E, saiba, estou chamando de "lugar" apenas para empreender um diálogo. Mas, na verdade, você se liberta dos conceitos quando para de olhar para o lado de fora, para aquilo que aparece aos sentidos.
quinta-feira, outubro 4
a vela e a atenção desfocada
quarta-feira, outubro 3
o ruído da lâmpada apagada não é silencio
terça-feira, outubro 2
saber e desaprender
O que te traz aqui?
segunda-feira, outubro 1
soberano silencio
Osho costumava dizer que somos o imperador e vivemos como mendigos. Sabe o que isso significa? Alienados à nossa verdadeira natureza, consumimos a mentira como realidade, enquanto a Verdade nos revela que tudo e todas as coisas acontecem dentro daquilo que somos.
Para chegar ao ponto final, ao centro, é preciso perder todos os conceitos. Os velhos conceitos devem ser investigados e uma nova realidade nasce diante dos seus olhos. Uma realidade, agora, pautada no Silêncio como Verdade.
O campo magnético da mente é muito potente. Você vislumbra a natureza do buda e logo em seguida a mente investe em te puxar de volta ao conhecido. Isso acontece facilmente porque toda a humanidade está vibrando magneticamente nessa mesma frequência – não tem ninguém fora da mente, todos vivem na mente, mentindo. Mas, veja: é tudo mentira! Maya.
Que idade você tem? Pondere e permita o surgimento de uma resposta original, livre de qualquer conteúdo apreendido. O Silêncio leva a mente à nocaute, sem dó, nos primeiros segundos do primeiro round. Ela tentará se levantar, mas o Silêncio é soberano, ele é o imperador. Persista.
A mente é o único empecilho para que você realize quem você é. Veja, compreenda bem, não é verdade que ela o impede de ser Consciência, ela o impede de realizar Consciência como sua verdadeira natureza. Enquanto você olha para a ditadura da mente como realidade, deixa de apreciar a Liberdade do Ser como única Verdade.