terça-feira, maio 8

além dos sentidos


A proposta de Satsang é levar-nos além do conhecido. Primeiro eu gostaria de questionar, basicamente, a sua identidade enquanto ser humano. Pergunto: você é um ser humano? É comum que a primeira resposta que surja seja: "Sim, sou um ser humano". E se você tiver alguma dúvida quanto a isso, socialmente, este é um sinal de que você precisa ir ao analista, não é mesmo?

 

Porém, é aí que começa um grande enredo, bem mais complicado para mim, que estou sentado aqui, do que para você que está sentado aí. O grande enredo começa porque eu vou ter de revelar para você que tudo que você pensa que é, você não é.

 

Veja bem: tudo que você pensa que você é decorre de uma experiência que já passou. Portando, você está sempre acessando um gravador, o qual chamamos de mente, para remeter-se a este "eu pensado", dadas experiências passadas. Mas quando eu sento aqui e o convido a estar em Satsang, a proposta é deixar de lado tudo o que passou e entrar em contato com aquilo que está presente, exatamente aqui e agora.

 

O que isso significa? A priori, considere que qualquer ideia que você possa acessar a respeito do "aqui e agora", não é o "aqui e agora", necessariamente. Assim como todas as idéias, a ideia a respeito do aqui e agora não passa de mais uma ideia na sua mente. Diga-se de passagem, ideias provenientes do passado não nos servem, porque vem a ser, nada mais, nada menos, do que uma tradução, uma interpretação daquilo que Satsang, de fato, seja.

 

Não se contente com ideias e pouco menos com interpretações a respeito de quem você é. A resposta para todas as suas perguntas, para tudo aquilo que você tem buscado está dentro e "dentro" significa nenhum lugar que possa ser acessado pelos seus sentidos. Entre!

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