quinta-feira, maio 31

céu e silencio


"Noite passada fiz outra vez a promessa:
Jurei por tua vida, jamais desviar os olhos
Se golpeares com a espada não me esquivarei
Não buscarei cura em mais ninguém
Pois a causa da minha dor é ver-me longe de ti"

Este é um poema do Rumi, poeta sufi que tem todo meu apreço, por isso compartilho incansavelmente. Esta é uma canção para si mesmo, é um poema para si mesmo. Ele também diz:

"Joga-me ao fogo.
Se deixares escapar um único suspiro
Não serei homem de verdade"

É verdade que, a princípio, Satsang provoca desconforto na maioria das pessoas. E isso acontece porque tudo o que você acreditava, começa à queimar. É um fogo! A Verdade é um fogo que queima tudo o que é mentira.

O que quer que você saiba, é emprestado de terceiros. Você não sabe e não precisa saber absolutamente nada. E Satsang propõe que você repouse nessa suspensão do não-saber.

A infantilidade do ignorante é achar que ele sabe alguma coisa. O convite em Satsang é ficar suspenso no não-saber. Porque tudo o que você tinha como conceito palpável, fica no mínimo desestabilizado.

O papel do diabo é organizar. O papel do antidiabo é desorganizar. Esclarecer não é colocar o pingo nos "is", é tirar os "is" dos pingos. Só fica o céu estrelado e um monte de pinguinhos sem "is", sem nada, sem letrinhas.

Um comentário:

  1. o papel do diabo é organizar. o papel do antidiabo é desorganizar. esclarecer não é colocar o pingo nos "is", é tirar os "is" dos pingos. só fica o céu estrelado e um monte de pinguinhos sem "is", sem nada, sem letrinhas.

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