Do ponto de vista ao qual estamos acostumados a viver até hoje, há um julgamento – muitas vezes severo – a respeito de determinados comportamentos. Julga-se que aquele que bebe não deveria beber ou aquele que rouba não deveria roubar. Porém na grande maioria das vezes esse julgamento não vai à raiz da questão e o grande engano está nesse conflito que se instala entre o objeto programado e o programador, que ninguém sabe quem é.
A sua experiência, em meio à inúmeras tentativas de mudança em si mesmo e naqueles que estão ao seu redor, já deve ter se resumido ao fracasso. Não importa o que seja feito, os objetos programados continuam funcionando de acordo com o programa.
Você não gosta de ver a si mesmo como um objeto programado, mas é isso o que acontece. Sofremos – aqui me refiro ao sistema corpo-mente – uma programação transportada genética e socialmente. Há quem tenha uma voz maravilhosa, há quem desenhe belamente, há quem seja um bêbado extremamente competente em sua função de beberrão.
A diferença está na superfície. E é óbvio que aqueles que vieram com vozes deliciosas de ouvir, e fluem com isso, tornam o mundo mais bonito cada vez que abrem a boca. E o bêbado tende a incomodar, ao invés de embelezar. Mas antes de criticar aquilo que nos incomoda seria mais pacífico que pudéssemos olhar para essa programação. E aqui alerto para o seguinte: tem a programação herdada e adquirida junto ao meio em que você vive e tem aquilo que poderíamos chamar de "destino". Deus quer cantores incríveis e bêbados decadentes. O que fazer? O mais importante é que a briga cesse internamente e, consequentemente, externamente. Quem é você?
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