Proponho que você pare de tentar capturar “quem você é” como se “isso” fosse um objeto perceptível no tempo e no espaço. “Agora” é ausência de tempo e é exatamente “agora” onde você mora. Você nunca esteve e jamais estará fora do agora. É apenas a mente que pensa isso. Verifique.
Se alguém está propondo que você deva ficar no agora, está propondo erroneamente. Se você segue essa proposta, o que vai acontecer é que você vai tecer uma filosofia que, por mais bonita que seja, não é verdadeira. Você não precisa capturar “quem você é”, simplesmente porque você já é você.
Para a mente isso não faz o menor sentido. E é aí, exatamente, que se encontra a necessidade de nos encontrarmos e investigarmos todos os enganos. Lembre-se: você está aqui para ser quem você é, e não para aprender uma nova filosofia. Se você está aprendendo alguma coisa, está aprendendo com sua mente. E em Satsang a mente não entra, ela não está habilitada para compreender Satsang.
Ser não depende de nenhum fazer. Quem você pensa que você é, é fruto de um fazer. Isso que você pensa que você é, é tão pequeno que seria incapaz de compreender, de conter o “Ser”. Então, estar em Satsang significa “Ser”. Estar em Satsang é colocar de lado todas as ideias que você tenha a respeito do mundo e de si mesmo e simplesmente Ser. O que quer que seja que você descreva como sendo você, é posterior ao “Ser”.
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