Conhecer a si mesmo é apenas uma questão de foco – tudo depende de onde os seus olhos estão repousados. Se você se compreende como um corpo e o seu olhar está voltado para fora – dadas as oscilações do mundo (você é o mundo), dos objetos, das formas –, você precisa mover o seu corpo daqui para ali, porque aquilo que você busca, se não está aqui, pode estar "lá".
O convite em Satsang, portanto, é averiguar sincera e honestamente o que você concebe como sendo você. Você se conhece enquanto uma identidade contida em uma forma corporal? Este é um paradigma antigo, essa é "a teoria da nossa avó". Nossas avós nos disseram que, ao nascermos, algo – a alma – entrou no nosso corpo, não é mesmo? No entanto, diante de uma breve investigação, essa teoria se revela falaciosa.
Então, como encontrar aquilo que você está buscando, partindo de um pressuposto falacioso?
Isso nos põe num novo paradigma, existe a necessidade de uma investigação precisa, muito mais objetiva que qualquer outro momento já tenha proposto. Tudo aquilo que você pensa a respeito de si mesmo deve ser verticalmente investigado. E quando você notar a si mesmo como Consciência, uma pequena chama terá se acendido e esta deverá tornar-se a base de qualquer reflexão, de qualquer relacionamento entre você e todos os objetos do mundo, em uníssono. Não há mundo sem você. Quem é mesmo você?
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