Se tem algo que precisa ser visto primariamente é: Quem é você? Não deixe a mente responder e veja. Se disposto e bem encaminhado, você pode ver claramente. E, uma vez visto, estará acesa uma pequena chama. Na verdade, o crescimento dessa chama vai depender do quanto você está disposto a perder.
O que acontece é que existe uma sensorialização da espiritualidade, você espera por um "orgasmo cósmico". Você projeta as suas experiências também na ideia que tem a respeito do que seja espiritualidade. E, claro, você não confia numa simples sensação, espera por uma sensação homérica, algo experimentado por muito poucos, por pessoas especiais.
Esse momento promove uma "des-sensorialização" do espiritual. Você tem que se dar conta que a espiritualidade repousa na simplicidade de tomar um café, de comer um sanduíche, de ler um bom livro, de simplesmente respirar...
Idealizando um acontecimento utópico, quantos já tentaram e frustraram a possibilidade da realização do essencial? Por isso reforço o convite à "des-sensorialização" do espiritual, pelo simples fato de que não é através dos sentidos que você pode vir a conhecer a Si mesmo.
Tampouco se trata de uma conquista intelectual. A Verdade é revelada ao dar-se conta de que não existe imagem, conceito ou pensamento que exprima você. A mente insiste em conceitualizar, em tentar tornar palpável ou transcrever em um pensamento. A mente vê o Dalai Lama como um ser espiritual e aniquila a possibilidade de que você venha a realizar a sua iluminação.
Portanto, para ver quem você é, nenhuma crença pode ser mantida. Todos os ritos e livros devem ser postos na fogueira. Você não pode ser contido por sequer uma palavra ou memória. Você é o original, o mais puro, aquilo jamais imaginado. Realize isso e a verdadeira espiritualidade será a sua poesia.
Amado, você é você é incrivelmente maravilhoso.
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