Aquilo que divide – o que quer que seja – é a mente. A faculdade da mente é dividir. Quando se diz "corpo-mente" se estabelece um preâmbulo para um entendimento, mas você deve ir mais fundo e ver que nenhuma das duas coisas são você. No fundo, só tem Você enquanto Consciência observativa.
Só a mente divide, é ela que torna uma coisa diferente da outra, uma coisa oposta a outra. E saiba que, necessariamente, quando algo nasce, o nascimento de sua contrapartida está implícito. Sempre que houver o "outro" é porque tem "você". E se tem você tem o outro.
No amor, naquilo que É, não tem o outro e não tem você, tudo desaparece. E isso gera uma alegria sem razão. Estou usando essa palavra só para propor um entendimento, porque, de verdade, há de ser perdida até a noção de alegria consumida correntemente. No amor há uma alegria cool, uma alegria serena. E, de dentro dessa serenidade, tudo pode ser – os eventos perdem a conotação grave e assumem a leveza de uma nuvem passageira.
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