segunda-feira, novembro 12

você não é um pensamento


À essa altura, todos sabem o que é Satsang – ou pensam que sabem. Nessa sala, como proposta, não estamos aqui para ouvir Satsang, a proposta é falar Satsang, sê-lo. Antes que você mal compreenda o que estou dizendo – que é uma possibilidade –, lembre-se de quem você é. 

Ou você retém a ideia de ser um pensamento, ou se dá conta de que você não é um pensamento. Se você se dá conta que você não é um pensamento, todas as portas se abrem.  Se você retém a ideia de que você seja um pensamento, permanece num círculo sem fim, continua vendo a si mesmo como aquilo que é proposto pela sua mente. Obviamente, essa proposta é limitada e, além disso, há uma grande tendência em querer arrumar os pensamentos, querer modificá-los, melhorá-los.

O problema é que é difícil arrumar um pensamento, porque sempre que você precisa dele, ele não está lá. Você está, portanto, sempre lidando com algo fantasmagórico, inexistente.

Ao se dar conta de quem você é, você abandona o pensamento e encontra a si mesmo em totalidade. E esse "encontrar-se em totalidade" não cabe na sua mente, nem como explicação nem como visão. Então, Satsang é sempre uma lembrança para que você volte para esse lugar de onde você nunca saiu, e não se entretenha com o pensamento, por mais coerente que ele pareça. Não se entretenha com o pensamento e com o que ele gostaria que acontecesse.

É um momento de silenciamento, é um momento de romper com o conhecido. Se resta alguma dúvida quanto a você não ser um pensamento, quanto a quem você realmente é, conversemos. Porque antes disso, nada é possível, até o entendimento será deturpado. Somente quando você vê quem você é, as coisas se alinham.    

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