A mente propõe que você busque algo constante. Mas dentro da mente, nos objetos, no mundo, não existe constância. Você entende?
Participante – Eu percebo que quero mais que isso.
Agora, então, é um bom momento para você investigar: quem é que quer mais?
O Ser, o Silêncio que você é, não quer nada. É o constante, contente.
Olhe para dentro. Busque com sinceridade o mais profundo do Ser, vazio de conteúdo e imagens. E a melhor maneira de começar é através da destruição de toda a ideia acerca do corpo e da mente como sendo você.
Ouça o que você está dizendo. "Eu quero mais". Mais o quê? E quem é esse que quer? A investigação deve ser empreendida de tal modo que a sua mente fique livre e qualquer querer seja inconsequente.
A investigação não deve ser abandonada. "Quem sou eu?" – o koan, essa aparente pergunta, irrespondível – é a última coisa a ser abandonada. Os quereres, sim, serão abandonados – notáveis criadores de sofrimento. Todos os desejos geram sofrimento.
Participante – É um "cala a boca".
Sim, é um "cala a boca". Aquiete-se. É isso: permanecer no instante presente. Como se fosse possível alguma outra coisa! Porque, aqui e agora, no instante presente, você não precisa de absolutamente nada. Porque não há quem precise. Essa ausência é você.
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