sábado, maio 25

o crepitar do fogo e o desassossego do crente















Você quer mudar o mundo? Que mundo? Você quer se livrar dos pensamentos. Que pensamentos? Liberte-se do pensamento de que você precisa se libertar dos pensamentos. Veja-os de longe, veja-os de cima.

O único problema é que, se você estiver muito identificado com os pensamentos, este momento – o milagre deste momento – não é o suficiente, sempre haverá algo faltando. Olhe agora: o que está faltando?

Quando faço essa pergunta, veja que a sua mente se põe em movimento para tentar descobrir o que está faltando. Mas quando faço essa pergunta quero que você veja que não tem nada faltando. Não tem nada sobrando, tampouco. Simplesmente, não tem nada – ponto!
Se, aparentemente, tem algo faltando, veja se a descrição dessa falta não vem de um pensamento, de uma elaboração mental, de uma construção mental, de uma realidade que só existe para ela, a mente.

Está perfeito agora. O agora é perfeito. Tem um fogo que crepita que não é fogo que crepita. Escute o discurso do fogo. Osho nos convidava a ouvir o discurso das águas, dos bambos... Te convido a ouvir o discurso do fogo. O que o ele está dizendo?

Não tem nada faltando. A menos que você pense, há a falta. E se você está pensando que perdeu algo, o que você precisa fazer é, então, parar de pensar. Ou, melhor dizendo, pare de pensar-se e veja o que fica, o que é. Isso está presente agora.

Como a mente não sabe o que é isso, nem tem como saber, ela vai atrás de algo conhecido. Ficar sem saber, para a mente, é absolutamente inadmissível. Este, portanto, é o estado natural dos crentes. O crente precisa crer em alguma coisa. Sem ter nada para crer, o que lhe resta? Experimente!

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