O sujeito que você imagina ser tem metas, propósitos, missões. Enfim, um monte de histórias. Porém, a vida, ela mesma, é pura subjetividade. Não tem meta nenhuma, ela simplesmente é.
O sujeito, a mente, o ego, a falsa noção de ser sempre tem metas. Ela não pode existir se as metas desaparecerem. Porque a sua única função, o único sentido da sua vida, é pensar. A mente pensa, logo existe. Descartes erra ao identificar o eu com o agente pensador, a mente. Ela pensa no passado e pensa no futuro, necessariamente. Do agora ela não entende nada. Ela simplesmente não conhece o agora. Ela está completamente envolta pelo agora, mas não sabe o que é isso.
Se você, num lampejo de luz, num lampejo de inteligência, vê que só tem o agora e que o agora não tem propósito algum, uma grande possibilidade se abre. Na verdade, abre-se uma nova dimensão de Ser.
O agora é milagroso, vasto, inclusivo. Tudo cabe no agora, tudo é aceitável. Esse bocejar é milagroso, esse riso também. No agora todas as coisas mínimas se tornam imensamente abençoadas. E, assim, o deus do amanhã desaparece, a ideia de “minha vida” some e fica simplesmente a vida, em si.
Gosto muito dessa nova visão e percebo que se aprendêssemos isso viveríamos menos ansiosos.
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