sexta-feira, agosto 26

perfeito no imperfeito





Lanço um desafio: abandone toda a sua história, largue mão daquilo que considera imperfeito, e me prove que você não é perfeito. Prove que você não é aquilo que está no fundo do coração de todas as experiências, absolutamente independente do que esteja acontecendo do lado de fora.

Mas você não consegue viver sem uma história. Aliás, vou até refrasear: não existe “você” sem história! E é aí que começa o chamado de Satsang. A proposta é que você se dê conta que, sem história, não tem “você” em lugar nenhum.


Portanto, se você quer permanecer “alguém”, continue com a história. Mas, definitivamente, Satsang não pode te servir. Do contrário, se há algum anseio em parar com as histórias, fique aqui e olhe para o lugar certo. E, como parte do desafio, cabe negar, tanto quanto você puder, o imperfeito; e permanecer olhando para o perfeito, esquecendo a história.

Ram Tzu disse: “Você falha em ver a Verdade, porque ela é muito plana de se ver, e você acredita em todo o tipo de merda!” Não é mesmo? Não é verdade que existem pilhas e mais pilhas de problemas a serem resolvidos, antes de olhar para o lugar certo? Não! Não é verdade! Investigue e veja que essa é mais uma história na sua mente.

A proposta de Satsang não é aceitável para a maioria da humanidade, e é por isso que somos poucos aqui. Conta-se que Ramesh Balsekar esteve nos EUA por dois meses falando, dando Satsang, todos os dias. E, das pessoas que iam vê-lo, 95% não voltavam.

Assim, se você permanece aqui, atenda ao chamado: engate a primeira marcha e olhe para o perfeito. Este é o único lugar que te acomoda de verdade. Não é nas histórias que você vai encontrar paz. Não está do lado de fora! Tome muito cuidado! Por mais perfeito que pareça o lugar que você está pisando, não é do lado de fora que está a paz que te acomoda. Estamos aqui, exatamente, para ver o que está no coração de todas as experiências. Vá fundo, até o fim.



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