segunda-feira, agosto 19

a duzentos por hora e a quietude do quieto

Dentro ou fora do drama, pergunte-se: quem sou eu? Seja honesto e sincero consigo mesmo. Pergunte e responda. Se olhar para o lugar certo, é possível que essa visão não se encaixe em drama nenhum.
Em menos de um segundo, antes mesmo de você rir, é possível acessar um ambiente de pacificação no qual toda a metabolização da confusão – o discurso, a história – perde consistência.
Experimente suspender toda a turbulência interna a respeito da sua faculdade, do seu trabalho, do seu passado, do seu futuro, do seu pai, da sua mãe, do seu marido, do seu dinheiro... Stop! Tudo. Fique quieto e veja o que acontece. Não espere que a sua mente se aquiete, esse não é o papel dela. Mas você, quem você realmente é, é quietude.
Assim, a mente passa a duzentos quilômetros por hora e você, quieto, vê. Apenas assiste. Veja que ela não está indo a lugar nenhum. Só existe sofrimento quando você se identifica com o que não é, com o personagem.
Observe com carinho e veja que não tem coerência ou consistência no personagem, no drama. É pura ilusão. E você – o drama humano – insiste em dar consistência a algo que não existe. Wake up! É tudo sombra e luz.

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