segunda-feira, agosto 12

cantando a si: ser


Você me pergunta se é bom cantar um mantra? Sim, claro que é bom! É bom fazer yoga, meditação, dormir bem... tem uma série de coisas que te fazem bem. Mas pode estar certo que: sem uma investigação honesta e profunda, de nada adianta qualquer que seja o seu movimento. Se não houver uma proposta fundamental nascente em você, nada de fora poderá alterar isso.

É preciso que você, de repente, fique de saco cheio de si mesmo. Quando isso acontece, nasce a possibilidade da investigação. Porque, na verdade, em 99,99% dos casos você pensa que está vendo, entendendo... Aliás, pensa um monte de coisas, inclusive que é você que pensa.

Então como explicar para aquele que pensa que está pensando que nem é ele que pensa? O que ele vai pensar disso?

Se te é oferecido olhar para algo que não está atrelado a toda a estrutura que te foi ensinada, a chance de reconhecimento é mínima. A auto reflexão, a auto descoberta, o despertar para a sua verdadeira natureza é uma espécie de portal, um portal onde morre aquele que você pensa ser.

Portanto, para confrontar a si mesmo, deve haver prontidão. E, a partir daí, o abandono de todas as suas ideias, todos os seus saberes. Primeiro não saiba nada, depois descubra quem você é. Por isso, primeiro esqueça os mantras e depois que você descobrir quem você é cante o que você quiser.

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