sexta-feira, janeiro 21

desimagine-se: bilhete só de ida















Reconheça que o timão nas suas mãos está solto, ele não é responsável pela direção do barco. Apenas parece que sim. Mas o barco segue o seu destino. Note isso e deleite-se em fazer movimentos diversos – bruscos, inesperados ou até mesmo tirar as mãos do timão –, para ver o que acontece.

O meu convite é: descanse! Deixe de ser você ao menos por uns dias. Nada tem que acontecer. E é exatamente nesse nada que tem para acontecer, que talvez fique claro o quão independente de você é o movimento das coisas.

Renuncie a indulgência de seguir os sentidos como mestre. Tire as mãos do timão! Você está seguindo algo sem razão. Provavelmente, você já experimentou tanto a negação quanto a adoração dos sentidos e isso foi o suficiente para dar-se conta de que o maior desafio é ficar quieto. Não reprima nem siga. É muito mais tranqüilo permanecer quieto, do que ir atrás de qualquer coisa.

Não há nada que o mantenha distante da realização da sua inerente, permanente e presente liberdade, exceto, a imaginação de que alguém ou algo, esteja mantendo você longe disso.  Só tem uma coisa que o impede de estar completamente presente naquilo que você é de verdade: imaginação.

Nesse ponto, ou investigamos o imaginado, aquilo que nos parece real numa certa instância, ou simplesmente jogamos fora! O nosso único propósito aqui é retirar-se de si mesmo, em qualquer medida. Quem quer que seja que você tenha trazido aqui como sendo você, conforme as circunstâncias de ontem, deve ser suspenso. Este é o convite que irei reforçar todos os dias. Permaneça olhando para aquilo que é inerentemente você.

Embarque nessa viagem com um ticket só de ida, e não volte mais. Você sempre compra o bilhete de ida e volta. Aqui ofereço esse convite: suporte a possibilidade de comprar um bilhete só de ida. Permita-se! E permaneça muito atento, porque a mente ira traí-lo. Nesse momento, investigue carinhosamente e verá que a mente, ela mesma, não existe. Portanto, como você pode ser traído por algo que não existe? Apenas parece. Mas não esqueça. Não sucumba! Não existe nada que o mantenha distante da realização da sua inerente, permanente e presente liberdade, exceto a sua imaginação de que alguém ou algo pode mantê-lo longe disso.

Um comentário:

  1. Havia comprado os bilhetes e percebi que o de "volta" estava incluído no pacote...rasguei em pedacinhos para que a dúvida não me faça colar os pedaços.

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