A pergunta “quem é você?” funciona como uma navalha, ela corta a arrogância do corpo-mente que se auto-intitula você. Ao questionar quem você verdadeiramente é, essa possibilidade de arrogância desaparece. Já usei essa metáfora antes, mas cabe novamente aqui: é como um carro em ponto morto. Basta perguntar com acuidade “quem é você?” e o motor perde toda a turbulência . Observe esse espetáculo sem mente.
Sem recontar a história de ontem para si mesmo, o que precisa mudar? Sem contar a história do amanhã, o que o preocupa? A mente tem a tese estapafúrdia de que se você não se preocupar, não vai dar certo. Mas eu quero que veja o que é que pode não dar certo agora.
No agora tudo está ótimo. Se cortar o vínculo com o tempo, você pode notar que nada está faltando ao agora. Experimente! Nada está acontecendo, a menos que você se enrede com alguma história. E quando surge a pergunta “quem sou eu?”, é possível cortar o laço com a história. Este “método” é por demais simples e cheio de bendições. Isso o liberta.
Quando surgir o pensamento “como faço para mudar a minha vida?”, pergunte-se: quem sou eu? Quando pensar em ser mais feliz, pergunte-se: quem sou eu? Quem quer ser mais feliz? Esse desejo está ligado a uma história que não tem nada a ver com você.
Ao sentir que está muito enraizado na história, dê um codinome a si mesmo. Diga: "Eu sou a TV Globo, uma indústria de dramas e novelas, de casos insolúveis e misteriosos. Sim. Porque a quantidade de casos insolúveis e misteriosos que a sua mente produz é inacreditável".
A mente gosta de complicar, porque quanto mais complicado, mais envolvida ela está no seu negócio. Quando fica simples, ela é desnecessária. Você vê? Você não precisa fazer uma convenção para tomar um banho ou um plebiscito para jantar. Mas existem pessoas que, para comer uma pizza, têm que fazer um plebiscito com a série de cabeças que existe dentro dela. Afaste-se um pouco e observe que a simplicidade remove tudo isso.
O mundo é para celebração. Olhos, pele, ouvidos... tudo para celebração de quem você é. Você já se deu conta do que isso significa? Veja agora. Olhe a brisa que entra pela janela. É só observar e vai ver que a noite tem uma qualidade e o dia tem outra; que as mãos são feitas para uma coisa e as pernas para outra; que a boca não é para ficar falando o tempo todo – ela é muito mais desenhada para celebrar, beijar os alimentos do que para relatar as novelas da sua mente.
Zapt... lá se foi a cabeça.
ResponderExcluirIsto é o unico desejo de Mestre Zen. Esta espada corta não sua cabeça fisica. Ela não tem nenhuma importancia, mas, sua cabeça psicologica, ou seja sua mente.
Satyaprem é um presente para aquele que já fez de tudo para encontrar a verdade, e não saiu do lugar.
Ele é pragmático.Aponta para a verdade.
Grato.