segunda-feira, maio 16

saindo da mente, onde você nunca esteve


















Veja! Quantas vezes por dia você diz “sim”? Na nossa cultura, há a ideia de que dizer “sim” faz de você uma pessoa sem caráter. E a mente lança a tese de que uma pessoa que diz “não”, tem caráter. Então você vive dizendo “não” e brigando com o fluxo do rio. Mas nesse caso, você nada mais é do que uma pequena gota, cheia de “si”, que não quer fluir com o rio, nem que a vaca tussa.

O rio segue fluindo e deixando a gota para trás. Até que chega um momento em que ela também é arrastada pela correnteza, porque a força do rio é muito maior.
- Espera um pouco! Alguém avise a essa gota que ela não está separada do rio, ela está tão molhada quanto o rio, tão úmida quanto o rio, tão água quanto o rio.

Você não tem como ir para cima, enquanto o rio está indo para baixo. Você está indo para baixo e não existe maneira de ir para cima. Você está fluindo com o rio. E seria muito vantajoso que compreendesse que mesmo brigar é um estado de ser da Consciência, que tudo está dentro da brincadeira. Se incidir sobre você a perspectiva possível de que já não dá mais, se solte!

Osho chama de “suprema compreensão” o dar-se conta a respeito de si mesmo. Porque a compreensão comum não compreende, interpreta. Cada um tem um jeito de interpretar. E no final, quando vemos, já não temos mais uma só coisa em questão, temos um milhão de coisas. Seguindo a compreensão comum, temos tantos mundos quanto cabeças.

Assim, para descobrir o mundo unificado, o “Uni-verso” – e não multiverso –, temos que sair da mente. E é aqui que entra o meu convite.

Você me pergunta: como sair da mente? É nesse momento que a pergunta “Quem é você?”, é feita. Uma vez que saiba quem você é, vai se dar conta de que não precisa sair da mente, porque você não está na mente. Mas se essa pergunta não penetrou todas as camadas necessárias, existe uma grande chance de que você ainda esteja tentando sair da mente.

Por isso eu insisto: não largue o “quem é você?” – essa pergunta é um bálsamo. Na descoberta, fica transparente que não tem necessidade de sair da mente, porque você não está na mente de maneira nenhuma. A ideia de sair da mente é um conto na própria mente, que insiste que você saia da mente. E eu sei que você se esforça, porque ouve essa tese da mente e insiste em sair da própria mente. Faz tudo o que pode para conseguir.

E é justamente em tentar, que alguns desistem. Dão-se conta e param de brigar. E as coisas começam a ter outra perspectiva. Essa nova perspectiva não é da mente.

Um comentário:

  1. "alguém avisa a essa gota que ela não está separada do rio, ela está tão molhada quanto o rio, tão úmida quanto o rio, tão água quanto o rio".
    Isso é uma doce canção! Namastê Satya. Eu precisava desse alimento HOJE.
    LOVE! ABHIYANA

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