A mente elabora tornar-se um santo ser o mais próximo da iluminação. Ela propõe que você não faça nada errado, nem pense “coisas feias” – e é exatamente essa lógica que gera a impossibilidade. Você só não alcança o real a esse respeito, porque está imaginando. Desse jeito, você tem renegado a si mesmo, consistentemente, com a esperança de que um dia possa descobrir algo que venha a remover todos os seus erros.
Por que você não experimenta sentar-se sem fazer nada exatamente agora? Não tem nada a ver com o que vai acontecer amanhã, não tem nada a ver com o que aconteceu ontem, não tem nada a ver com que idade o seu corpo tem, não tem nada a ver com o conteúdo da sua mente, não tem nada a ver com a sua memória emocional... Cancele tudo isso e tenha uma breve prova da leveza do Ser.
Este convite é incompreensível para a mente, essa é uma festa para a qual ela não foi convidada. Ela fica na porta e, obviamente, se rebela. Ela não gosta da ideia de não poder entrar nesta festa. Mas o problema é que nesta festa não existe mente... Não é que ela seja excluída, é que neste ambiente, nesta festa, a mente é inexistente.
Mas você insiste, querendo saber se encontrará a felicidade, caso compreenda isso. E eu, da minha maneira, insisto em revelar que você não vai ser feliz, porque isso não pode ser compreendido e porque felicidade não está em pauta – sinto muito! Até gostaria de gerar um discurso amigável em defesa da sua felicidade, mas não tem como. Aquilo que Satsang está propondo não tem como ser contido – é absolutamente novo e instantâneo, vive no instante.
Em Satsang, nada precisa ser feito, essa é uma permissão para simplesmente ser, e a mente não pode fazer absolutamente nada para o seu despertar. Despertar é justamente ver que você não é quem a mente diz que você é. O que pode a mente fazer a respeito de quem você é, posto que ela minta, a priori, sobre a sua verdadeira natureza?
Mais uma vez, eu insisto: quem é você, agora? Não prorrogue! Não venha com histórias de ontem, porque eu não estou aqui para ouví-las. Proponho um diálogo possível entre eu e você. É um diálogo arriscado e eu prometo ser cruel, pois não há tolerância alguma para com aquilo que é mentira. Sejamos francos! Afinal, você está atrás de um mestre ou de si mesmo? Você quer um mestre ou você quer a si mesmo?
Eu não proponho nenhum ritual, nenhuma nova religião. Não proponho absolutamente nada. Apenas se encante e desperte para a possibilidade de questionar verdadeiramente, sem mais delongas, quem você é. Se você se aproxima da intensidade desta pergunta, do fogo que esta pergunta engendra, você rompe com o tempo e cai no agora; e esse é o único propósito de estarmos aqui.
Quando ouvimos o Satyaprem falar tudo isto, pensamos, elaboramos um monte de idéias sobre isto.
ResponderExcluirMas é simples.
Fiz isto que Satyaprem fala: Perguntei insistentemente - "Quem sou eu ?" e recebi a resposta que vem de dentro.Não é algo que voce faça.É algo que acontece.E quando acontece não há dúvida.