Essa história é clássica e irá reforçar o que quero dizer hoje...
O mestre chega para o discípulo e propõe:
– Aqui tem uma garrafa. Dentro da garrafa há um ganso. Quero que você tire o ganso da garrafa, sem quebrar a garrafa e sem matar o ganso.
Ao que o discípulo conclui:
– O ganso está fora da garrafa.
A minha proposição parece absurda, mas quero que veja que você tem feito da sua imaginação, a realidade. E por mais refinado que venha a se tornar o seu campo imaginativo, você, na maioria das vezes, está apenas trocando os móveis de lugar, sem remover o equívoco fundamental.
No entanto, minha proposta é muito mais simples: se algo é imaginário, nada precisa ser feito, basta ver que é imaginário.
Satsang é o caminho direto de conhecimento de si – não tem curva, não tem método. Estamos aqui por uma simples questão: quem é você? Se pegar o caminho do imaginário – que é o caminho do pensar, que é caminho da memória –, você estará em maus lençóis, porque estará apenas trocando as coisas de lugar. Mas, ao se dar conta disso, você se muda para um outro universo.
O meu convite brando, para essa noite fria, é que comece a ver que você tem vivido uma vida inteira de imaginação. Você tem sido um fantasma de si mesmo e tem assombrado a sua própria casa. Você caminha pelos corredores, arrastando correntes de sofrimentos. Por isso insisto para que desperte! Acordar é se dar conta, inclusive, que você não está dentro da sua casa, é a casa que está dentro de você.
Partindo desse pressuposto, todas as condições da casa se tornam “aveludadas”, tranquilas. O tempo vai passando, as condições vão mudando, e quem você é, fica em observação, suspenso no eterno aqui e agora.
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