terça-feira, novembro 22

vidas passadas não movem moinhos

Existe um ponto onde não há pior nem melhor e isto é apontado em Satsang. A partir disso, é possível ver que o mundo não está melhor nem pior.  Se o mundo não está pior, não precisa melhorar.  E se não está melhor, não pode piorar. Aqui repousa a paz que você tanto procura, e aceitação é a chave. Isto é meditação.  Este é o centro, a fonte – e tudo o que foi feito, existe para que você chegue a isto.

Um mundo melhor seria um mundo verdadeiramente democrático, onde as diferenças não apenas são aceitas, como, de fato, inexistentes. As diferenças estão na superfície e são absolutamente aceitáveis. Todo o seu compromisso deve ser unicamente em reconhecer a sua verdadeira natureza, isto é tudo o que importa!

Investigue: o que o guia são palavras na sua mente ou algo existencial que está disponível aqui e agora, indiferentemente do que esteja acontecendo ao seu redor? Quem você é permanece intacto, não importa a situação em que seu corpo, sua mente ou o mundo se encontre. Se você vislumbra ser a Consciência, uma vez visto, agora é possível que isto o acompanhe a todos os lugares. Você não está mais em busca de algo, onde quer que você vá, aquilo que você buscava já encontra-se lá.

Nenhuma situação deve ser evitada, não há nada acontecendo fora daquilo que você é. Tudo está dentro da Consciência. As situações são inevitáveis. Aquilo que está por acontecer, já está acontecendo. O único porto seguro é, diligentemente, o reconhecimento transcendental de que os acontecimentos tocam aquilo que você não é. Porém, aquilo que você é, não é tocado por absolutamente nada que acontece. E repito: “não importa o que aconteça”.

O corpo sente dor, o corpo grita, o corpo sente medo… Ele vive para sentir e tem todo um treinamento, um condicionamento que o faz agir e reagir às situações de um jeito ou de outro. É o seu comprometimento com aquilo que lhe é revelado em Satsang, com a Consciência como realidade do seu ser, que define a maneira que você se expressa no mundo.

Para acabar, um conto Zen... Um monge perguntou ao mestre Kegon: “Como regressa à vida cotidiana, alguém que alcançou a iluminação?” A resposta do mestre foi: “As flores e as folhas caídas jamais retornam aos seus antigos galhos”. Não tem regresso, a vida que você tinha, pautada nas crenças que você tinha, já não existem mais. Agora é tudo novo. O velho não rege o agora. O agora é sempre novo, fresco, novidade atrás de novidade… Este é o “mundo” que está a sua espera, confie e surpreenda-se!

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