sexta-feira, novembro 4

mente aposentada, flores na seta
















O meu convite não é dar certo ou errado, é que você viva a vida, exatamente, do jeito que ela é – e descubra que, nisso, há um outro sabor, uma nova textura se apresenta. Essa é a verdadeira “qualidade de vida”. Nenhum outro investimento será relevante, a menos que você encontre este “ponto”.

Apaixone-se por aquilo que você é – e, primeiro, saiba aquilo que você é, não é o seu corpo nem a sua mente. Não confunda o que você está vendo com aquilo que você é. Ao final, em verdade, tudo (absolutamente tudo) é o que você é, não há a mínima separação possível entre você e nada ou ninguém. Isso é o que torna o amor possível.

Olhe para onde a seta está apontando. Você pode até depositar um vaso de flores na seta, mas o mais importante é atender ao seu apontamento. De nada Irão adiantar as flores, se você não seguir a sua indicação.

Osho dizia de outra maneira: “Não morda o meu dedo, olhe para onde estou apontando”. Este é o meu convite: pare de fazer todas as coisas e veja o que acontece. Mergulhe nisso até que o seu fazer se torne o “não-fazer”, que é a mais pura expressão da Consciência que você é.

Primeiro, desperte para isso. Depois, a compreensão. E, por fim, incorpore, desapareça nisso. Esse incorporar começa por aceitar aquilo que está posto e deixar que as coisas se acomodem, enquanto você permanece vigilância.

Medo surge. Espere um pouco... investigue esse medo que está aparecendo. Você é o medo? Você é o que está com medo? Ou você é aquilo que está vendo o medo em ocorrência, num determinado sistema, num determinado momento? Na verdade, dizem os mais antigos, que quando você começa a despertar para aquilo que você é, a mente cria monstros ainda maiores, para ver se você volta para o conhecido, o aparentemente seguro. A mente não quer perder você. A mente não gosta de perder.

Ela, a mente, é apaixonada por você. Aliás, você, enquanto essa entidade ilusória, é a razão dela existir. Sem esse ente imaginário, a sua mente não tem absolutamente nada para fazer. Satsang, portanto, promove a “aposentadoria” da sua mente.

Permita que a sua mente se ocupe com o mínimo, com o simples que lhe cabe. Ela pode lavar o copo, cozinhar o arroz, lavar a roupa, cumprir sua função no trabalho, porém, nada além disso. Essa é a mudança que está disponível no ambiente de Satsang. Aqui, a mente não é dominante, ela é instrumental. Permaneça atento, pois ela irá chamá-lo de volta ao “seu mundo”. Mantenha-se quieto e observativo diante de todos os fenômenos. Tudo, por mais grandioso que seja, passa, e você permanece observando. 

2 comentários: