É o corpo que sente medo. Não há medo no Ser, na Consciência que você é. O que a Consciência temeria, se tudo é uma coisa só? Medo existe na periferia, na separação, na ideia de dois. Existem resquícios no corpo e na mente em relação a toda a história do passado, não importa o quão realizado você esteja no “processo” de despertar para quem você é. Saiba, desde já, que existem coisas que permanecerão em ocorrência. No entanto, a sua realização está em não se confundir com o ocorrido.
Metaforicamente, poderíamos dizer que você tem vivido uma vida inteira em cima de uma bicicleta, pedalando violentamente, com toda a sua energia. Até que, de repente, algo ou alguém no seu caminho sugere que você pare de pedalar, porque você já se encontra onde deseja chegar. Quando o convite é aceito, então, você para de pedalar, mas a descida é eminente, a bicicleta segue por um tempo em pinha livre. Você tira os pés do pedal, mas a roda continua rodando e a bicicleta continua no mesmo percurso, até que pare.
Não há mais nenhum impulso, mas a roda continua no seu momentum, no movimento inercial. Não sabemos quanto tempo isso pode durar, são os resíduos do envolvimento e do engajamento exercido enquanto parte, enquanto personificação. Mas agora você está curtindo o vento e fluindo como um “carona”... apenas observando.
O que o confunde é pensar que a mente é quem observa. Então, aquela que pedalava é a mesma que deseja observar. Mas não é a mente que observa. Você é Aquilo que observa e não há a menor escolha quanto a isso. Observação está ocorrendo constantemente, inevitavelmente, inexoravelmente, e você é essa Consciência que não tem como ser perdida. E nem como ser encontrada...
sexta-feira, setembro 16
de carona na bicicleta de vento
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Namaste Master! L O V E
ResponderExcluirA vida sempre continua.Ela é um presente.E no presente continuo percorrendo o caminho...caminhando ou simplesmente curtindo minha bicicleta voar.
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