Olhando para o lugar certo, a pele de ovelha que você carrega sobre os ombros se torna pesada e desnecessária. Dê-se conta: você é essa pele que lhe cobre os ombros? Deixe que essa pergunta penetre todos os níveis, todas as camadas da sua existência. As camadas são frutos do esquecimento. Você começou a esquecer sua verdadeira natureza, desde o dia em que as ovelhas te encontraram e começaram a dizer que você é uma ovelha como elas e, ainda, que não existe um bom pastor em algum lugar distante, num lugar improvável, como salvador.
Segundo Ramana, isso é algo que você deve questionar constantemente, porém sem a menor esperança de encontrar uma resposta. Apenas a sua intenção, a sua determinação é tudo o que importa. Até que um dia, o leão irá rugir. Já Papaji, que foi seu discípulo, nos trouxe outra perspectiva, um pouco distinta. Ele disse: “Se você questionar uma única vez e ver aquilo que você é, isso é tudo o que importa”.
Concordo que uma única vez seja o bastante. Mas se você olhou e ainda não viu, só tem uma coisa que pode ser dita em relação a isso: aquilo que você viu não é Aquilo. Portanto, nesse momento, retomamos ao Ramana e continuamos questionando – Quem sou eu? –, sabendo que qualquer passo conclusivo, qualquer coisa que seja dita, tende a gerar uma interpretação, que ocorre na mente e que não é você, de maneira nenhuma.
Portanto, questione-se até dar-se conta de que não tem ninguém para perguntar. Isso significa o rugido do leão, isso é o Silêncio. Para isso, é necessário que você veja ou que pelo menos olhe. Na verdade, para começo de conversa, ter uma leve dúvida já é instrumental: será que você é essa ovelha que tem sido até hoje?
A mente exita, porque percebe que existe um perigo em questionar a realidade das coisas. Pois, se você se dá conta de que você não é uma ovelha, todo seu ambiente foge de você. E quando você se dá conta que você não é aquilo que pensava ser, passa a representar um perigo para os outros, que querem continuar na ilusão. No entanto, algo incrível acontece, o ambiente cria uma estratégia fantástica. O senso comum simplesmente não reconhece aquilo que você está apresentando como nova possibilidade, como nova realidade. O mundo duvida da sua não-existência consensual. A mente só existe no consenso.
Você pode viver a sua realização sem interferências, pois só diz respeito a você. Não há a menor necessidade de consenso. Quando você percebe-se como sendo Silêncio, não há dúvidas a respeito de quem é você e não há nenhuma necessidade de ser entendido. Você é liberdade e está absolutamente em paz sob quaisquer circunstâncias.
Lindo...love Master
ResponderExcluirAmado, às vezes perguntamos coisas que já sabendo a resposta, Perguntamos por simples insegurança, por não ter sentido o FOGO!
ResponderExcluirquero te encontrar AÍ ! Me dê a mão!