A mente está em constante engano. Na verdade, se trata de um auto-engano. Mas, a quem ela está enganando? Apenas mente para si mesma.
Buda propôs, sem nenhum esclarecimento intelectual, que observássemos a respiração e, lentamente, alguns começaram a se dar conta que, se observamos o objeto-corpo sentindo, pensando, fazendo isso ou aquilo parece apropriado conceber que não somos o objeto e, sim, aquilo que observa.
Decorre da observação, uma alegria inerente, uma alegria indistinta, que não tem fundo. Ela não está relacionada com algo em particular, externo a você. Ela não depende de você ter conseguido o que queria ou do fato de ter perdido qualquer coisa. Ela independe dos acontecimentos externos e está diretamente ligada à realização de quem você é. Essa alegria surge quando você está "sentindo" a textura da observação.
O que eu gostaria de compartilhar é exatamente a possibilidade de viver o observador, que é a sua verdadeira natureza e de onde nasce a alegria inerente. Essa alegria não tem a ver com nenhuma razão externa e não é o fim de nada. É agora, neste instante, que o andarilho volta para casa e Kabir nos diz: “Fique onde você está e todas as coisas virão a você na hora certa”.
O andarilho quer, obcecadamente, ter tudo na hora errada. E a tendência é que quanto mais ele tem, maior a chance de frustração – o que aumenta, inconscientemente, o seu ímpeto em jogar mais e mais em busca de novas coisas. E, nesse aspecto, ele se encontra diante de um mar de possibilidades.
Portanto, proponho: volte-se para dentro! Ao dar-se conta da sua natureza Real, não se ocupe com o que é mentira. Note que você é aquele que observa e não aquilo que está sendo observado. O trajeto é muito simples!
Tenho muito o que aprender, ou talvez até tenha mais a desaprender, não é?
ResponderExcluirMas lembro de quando muito jovem, me vi como observadora pela primeira vez e lembro também do tamanho do pavor que senti ao perceber que o que pensamos ser a realidade, não passa de ilusão...
Acho que hoje estou melhor e aos poucos vou trilhando meu caminho, por isso venho visitar este blog com muita frequência, em busca de luz.
Abraço.
foi bacana a trilogia
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