segunda-feira, outubro 3

paz e pensar



Você tem ideia de quantos métodos já foram propostos, para que parássemos de pensar? E a oferta é proporcional ao interesse em que isso aconteça. Porém, trago algumas novidades a respeito dos pensamentos. Nenhum outro método será proposto, pois, a novidade que trago é que você não precisa parar os pensamentos. A partir de hoje, convide-os a ficar. Deixe que eles fiquem. Dê-lhes as boas vindas!
Esta é minha fatídica proposta, simplesmente, porque você não é os pensamentos. E você, quem você é em originalidade, radicalmente, não pensa.Você pensa que pensa, porque você
Se confunde, se identifica, com aquele que pensa. Mas VOCÊ não pensa! Então, convide os pensamentos a ficarem. Por que brigar com eles? Eles não são seus, são apenas pensamentos, ruídos assim como os sons dos carros que passam. E tudo isso é periférico a você.
Já imaginou se, para encontrar a paz, você precisasse que todos os carros parassem; e que todas as vozes se calassem; e que todas as chuvas não chovessem; e que todos os dias quentes não fossem dias quentes; e que todos os dias frios não fossem frios; e que todas as dores de barriga, não fossem dores de barriga? Assim, você teria uma possibilidade ínfima Se pensar assim, você está no caminho errado, está olhando para fora.
Provavelmente, você já tentou parar os pensamentos, parar os carros... Assim como já cogitou viver numa casa na colina, para que a paz desejada, fosse alcançada. No entanto, após algum tempo diante desse cenário, não havia paz, tampouco – a paz ali encontrada era temporária. Então, inteligentemente, você pode relevar que haja algo errado nessa busca. Aliás, arrisco dizer que a própria busca esteja errada.
Alguém colocou na sua cabeça que você tem que buscar a paz, e você acreditou. Até porque, antes mesmo de dizerem isto, disseram que você não estava em paz e deveria começar a buscá-la. Acreditando naquilo que parece comum a todos que te cercam, sem questionar, essa busca se instala voltada extremamente para o lado de fora.
É dito que devemos comer apenas certos tipos de comidas, que devemos praticar alguns tipos de exercícios... E tudo isso, numa certa medida, o deixa “em paz”. Mas esta é uma paz relativa. Não se trata da Paz compartilhada pelos budas. Essa paz alcançada através de algo é temporária e desaparece assim que alguém pisa no seu pé ou derrama vinho na sua roupa. E a noção de perder a paz, traz um agravante ainda pior – que é a ideia de que você precisa se aperfeiçoar: meditar mais, por exemplo.
Seguindo a confusão coletiva, você olha para si mesmo como um ser imperfeito, em necessidade de perfeição, e tenta aperfeiçoar-se. Mas até quando? Até quando irá buscar a Paz dessa forma? Será que você vai conseguir? Descubra o que é que está faltando alguma nessa equação, pois a verdade é que você não precisa ir em busca da paz, porque ela nunca esteve separada de você. Apenas atente para isso e veja a paz que você é.

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