segunda-feira, setembro 19

o prenúncio da não-experiência


Se a sua mente está buzinando com um “quero mais” e isso o deprime, significa que você ainda está seguindo o velho mundo, você ainda segue o velho paradigma. Acorde! Todos que te cercam, de alguma maneira, ainda que inconscientemente, funcionam dentro dessa hipnose, todos querem mais – e isso abrange querer mais deles mesmos e de todos que estão por perto. O que mais podemos esperar de tal movimento, senão insatisfação?

Estou aqui para lembrá-lo que existem coisas a fazer e quanto a isso não há nenhum problema, este não é um caso espiritual. Se você precisa ir ao médico, vá! Se precisa tomar um banho, tome! Apenas o que deve ser notado é que a mente precisa de tempo para existir. Sem tempo, sem mente.

Se a mente se aproxima da visão proposta em Satsang, ela começa a compreender  que o que está sendo oferecido é o seu sumidouro – e é por isso que ela esperneia. Mas existe uma grande possibilidade de você provar – it’s a taste – esse “espaço”, esse “ambiente”, onde a mente não está, que não quer absolutamente nada. Ainda que seja uma experiência, este é o prenúncio da não-experiência.

A mente não tem como entender a possibilidade da não-experiência, porque, para ela, tudo o que acontece, acontece para “alguém”. Porém, o que está sendo apontado não acontece e, tampouco, acontece com “alguém”.

Neste momento, verifique se tudo o que você leu e absorveu antes, como sendo a realidade do seu Ser, permanece intacto ou entra em choque. Sei que, logicamente, é muito mais aceitável para a mente que o ego seja coroado, do que a possibilidade de que ele seja acabado com a iluminação. É muito mais plausível antever que o ego está enlouquecido para dizer: “Eu iluminei”. Ao invés de concluir: “Eu não existo, não tem nem eu e nada está acontecendo a ninguém”. Qual o apelo comercial no que está sendo dito?

O Zen conta que quando a mente entra no caminho da meditação, se prepara para confrontar a luta final – the final match – com um leão. Porém, quando é chegado o momento final, ela não encontra um leão, encontra um pequeno ratinho. Um ratinho minúsculo. E percebe que a Verdade não é nada daquilo que ela estava pensando.

Então, de certa maneira, já disse isso e repito: aqui, o trabalho é negativo. “Desimagine!”. Encontre este pequeno infinito ponto onde nada é quisto. Se a sua mente se deprime, deixe-a! Você não tem nada a ver com isso! O Silêncio está presente exatamente aqui, exatamente agora. Você só pode notá-lo agora, porque somente agora ele é você.

2 comentários:

  1. "Você só pode notá-lo agora, porque somente agora ele é você."

    Uau

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  2. Deixar tudo na periferia intocável, isto se resolve pelo próprio impulso. Prefiro o Silêncio!

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