quinta-feira, novembro 3

o equívoco do equivocado ou o centro do labirinto


Participante – Satya, o que é muito louco, é que, apesar da compreensão, apesar de confiar piamente no que vejo através de Satsang, não entendo porque continuo me equivocando, me confundindo, “viajando” desse jeito...

Agora, só falta você notar que aquele que está equivocado não é você. Desse ponto, nasce a realização derradeira de que aquele que está equivocado não precisa ser “des-equivocado”. Isso é o que estou tentando fazê-lo compreender.

Ao descrever o equivoco, note que você não é o equivocado. Quem está equivocado? Verifique! É por isso que a verdade e a mentira ficam absolutamente transparentes aqui nesse contexto.

Participante – Então, é como se eu estivesse equivocado até me dar conta disso, porque, quando me dou conta, quando tomo consciência do equivoco, ele acaba. É isso?

Até porque você nunca foi o equivocado. É isso o que estou tentando dizer... Refletir o equívoco, não faz do espelho equivocado.

Participante – Noto que essa resistência da mente, quanto à entrega, acontece para mim...

Espera... Para “mim” quem?

Participante – Para a mente, é assim que ela vê... Eu entendo que não sou a mente, que sou esse que está vendo tudo. Mas, de repente, é como se houvesse uma briga entre aquilo que eu não sou e aquilo que sou, mas que ainda não estou totalmente realizada com.

Há mesmo, uma briga? Quem você é, está brigando com alguém, por algum motivo, nesse momento?

Participante – Não. Em verdade, não.

Por isso eu insisto: acenda a luz. Observa a descrição dos fenômenos, ouça o que você está dizendo. Ou você quer mesmo que eu concorde que você está equivocada?

A única coisa que eu posso fazer é ver se você se dá conta que o equivocado é apenas um reflexo na Consciência que você é. O equivocado não é você.

Osho diz: “Um burro aparece diante do espelho, mas o espelho não vira um burro. Depois que o burro sai, o espelho permanece vazio.” Na verdade, mesmo enquanto o burro está diante do espelho, o espelho permanece vazio. E isso é tudo o que você precisa realizar.

Cesse essa mania de se identificar com o objeto que está sendo percebido, e dissolva-se naquilo que está por trás de tudo. Observe!

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