Quem sabe do amanhã? O amanhã é totalmente aberto. Ele só é sequencial porque você se aprisiona numa rotina de pensar e agir. Quando há uma suspensão no agora, o amanhã não entra mais em pauta, você vive com os olhos maravilhados de uma criança, surpreendendo-se e curtindo o que estiver acontecendo. O tédio só existe na mente porque ela tende a pré-ver o que vai acontecer. Quantas vezes você sofre ao pensar no que acontecerá no futuro?
Descubra que existe uma fonte intacta, pura e que não pensa. Isso é o agora. Descubra onde é e mude-se para lá imediatamente! No começo, visite o agora sempre que puder. Mais adiante, você poderá chegar ao mesmo ponto de Bodhidarma quando ele afirmou ter entrado no mais profundo de seu Ser e que nada sabia.
Resguarde-se o máximo que puder, não se ofereça aos seus pensamentos e rebele-se contra o que sua mente diz. Há um lugar em você que olha para tudo com os olhos totalmente vazios de conteúdo.
Você tende a olhar para os objetos com a sua mente, mas não pergunte para ela o que as coisas são. Em questão de segundos, a mente põe rótulos em tudo o que você está vendo ou sentindo. Ela pensa que sabe tudo, e que saber é poder. No entanto, proponho um corte com isso através de uma inquirição. Diante das propostas da mente, pergunte-se quem é o autor delas. Sempre haverá uma resposta. Ao ver que realmente não sabe o que as coisas são, você retorna à fonte silenciosa.
Ao afirmar que está sofrendo ou sentindo algo, verifique quem é que está sentindo. Isso não vai tornar seu corpo mais flexível porque não tem nada a ver com isso. Também não vai deixa-lo mais saudável, mais sexy ou mais rico, isso, definitivamente, não está em pauta. Proponho um experimento altamente existencial, não é uma nova teoria. Permaneça aberto, ou você mesmo se aprisionará.
Cada vez que tem uma conversa com alguém e diz que ele fez isso ou aquilo, você está o convidando para morar na sua jaula particular. Por isso, proponho que você duvide do que está dizendo. Note que, se tudo o que pensa não for verdade, é possível encontrar novas referências no momento presente.
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