Já ouviu falar na história do ganso na garrafa? Um mestre zen apresenta o seguinte koan: dentro da garrafa há um ganso, como tirar o ganso para fora da garrafa, sem matar o ganso, sem quebrar a garrafa?
Muitos, até hoje, se dedicam a encontrar uma resposta... Mas, eu pergunto: que ganso? Que garrafa? Com a investigação correta, é possível realizar que o ganso está fora da garrafa. Não tem ganso, o ganso está fora!
A pergunta “Quem é você?” tem o mesmo nível de provocação, a mesma intenção. Afinal, como perguntar a ‘você’, quem é ‘você’? Atente à pergunta e veja para onde você olha em busca de uma resposta.
Quando colocada para uma pessoa sem o mínimo contato com a realização espiritual, esta pergunta leva qualquer um, automaticamente, ao mesmo lugar. Em geral, você se identifica com o nome e com a forma. Você acredita que é o “João”, homem, gordo, alto, engenheiro, marido da “Maria”, mulher, loira, baixa, pediatra, filha da “Antônia”, mulher, velha, rica, casada com o “Pedro”, homem, empresário... e esse ciclo não tem fim. Isso é Samsara, a roda da vida. Satsang, portanto, propõe que você desperte para o fato de que esta não seja a realidade.
As terapias abordam esses estados: Pedro, Maria, homem, mulher, rico, podre, são, doente, alto, baixo, gordo, magro... Mas, apesar de almejada, não há perfeição dentro deste ambiente. Investindo nisso, o homem tem conseguido criar um mundo de competitividade – que é um grande mal.
Estamos aqui em nome de um “ponto infinito” onde não há melhor, nem pior, onde não hajam diferenças. Neste “lugar” a sua única (des)preocupação deve ser o agora, este é o “lugar” da Paz, este é o “lugar” da meditação, do centro, da fonte. O ganso está fora. The goose is out!
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