segunda-feira, novembro 14

o segredo do silencio


Osho conta:

Certa vez Gautama Buda, estava passando por uma floresta no outono. A floresta estava cheia de folhas secas e Ananda, ao encontrá-lo sozinho, perguntou-lhe: “Sempre quis perguntar isso, mas diante dos outros não pude ousar. Diga-me a verdade, você nos disse tudo o que sabe ou ainda está guardando alguns segredos?” Gautama Buda apanhou algumas folhas do chão e disse a Ananda: Eu disse apenas esse tanto, as folhas que você vê em minha mão, mas o que eu sei é tão vasto, quanto todas as folhas desse floresta. Não é que eu queira guardar isso para mim, mas é simplesmente impossível até mesmo falar dessas pequenas folhas é um árduo esforço, porque está acima da sua capacidade de entender. Você conhece os pensamentos, mas nunca experimentou a ausência de pensamentos. Você conhece as emoções, mas nunca conheceu um estado em que todas as emoções estão ausentes. Como se todas as nuvens do céu tivessem desaparecido. Estou dando o melhor de mim, disse Buda. Porém, mais do que isso não é possível transferir por meio de palavras.

Sempre que existe alguém disposto a se afastar dos pensamentos, a se afastar das emoções, a se afastar de si mesmo, o aqui se abre. Não guarde isso como uma memória. Não tem uma memória do aqui. Reconheça a possibilidade preciosa de estar presente para sempre. Este momento é eterno! O aqui é imensurável, ele não termina.

Quando começam os pensamentos, acesse com um pouco mais de acuidade, o fato de que, mesmo que os pensamentos estejam, o Silêncio continua. Para os desavisados, parece que o Silêncio desapareceu, mas não. É por causa do Silêncio que existe possibilidade de ruído. Se não houvesse Silêncio não teria ruído. O Silêncio é a fonte de tudo. De onde tudo vem e para onde tudo vai.

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