Estou aqui como seu amigo, mas não um amigo da maneira que você pensa que eu deveria ser, porque eu não estou do “seu” lado, estou do lado de quem você é de verdade. E, nesse caso, para sermos realmente amigos, você também precisa estar do lado daquilo que você é, e não daquilo que você pensa que é.
Não estou aqui para compactuar contigo, porque compactuar contigo significaria ajudá-lo a continuar imaginando, sonhando a realidade. E eu não posso fazer isso. Se eu compactuo com a sua permanência e com a manutenção das suas esperanças, estarei sendo infiel. Não conte comigo como alguém que sabe mais e que te colocará no colo…
Não estamos aqui em nome da perpetuação da mente, enquanto equívoco. Entenda bem. A mente enquanto instrumento é bem vinda e tem o seu lugar. Mas, não posso propor que você prorrogue a descoberta de quem você é longe de todos os equívocos propostos e impostos pela mente.
Nesse caso, não pretendo funcionar como um “doril”, não estamos aqui para prorrogar a dor. Acredite, prorrogando, a dor renasce e se fortalece. Estou aqui com outro antídoto, com outro remédio… este é o único remédio que posso oferecer: não remedie!
Se você está desesperado, deixe-me ajudá-lo a ficar um pouco mais, pois seria definitivamente perfeito que você perdesse todas as esperanças e parasse de buscar do lado de fora aquilo que está dentro, esperando por você.
Culturalmente nos é proposto que a esperança seja mantida, todos querem viver um sonho. Isso é o que está sendo cantado nas músicas e é exaltado nos comerciais de TV. Mas Satsang não propõe um caminho, propõe um encontro. Não prorrogue!
Eu sei que estou indo contra uma pilha de argumentos, aparentemente cabíveis. Mas investigue com toda a sua força: onde está enraizado o sofrimento? Parando de imaginar, o que é que fica? Veja! Você é aquilo que está, aqui e agora, por trás de todas as coisas.
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