quarta-feira, novembro 17

o mundo é a mente. você quem é?


















Na medida em que começa a soltar os limites que lhe foram concebidos,
você entra no desconhecido.
A mente "entra", porque é ela que não consegue mais descrever
o novo ambiente em que se encontra.
Sem uma estrutura silenciosa, sem um ponto de atenção,
é comum tentar voltar ao estágio anterior, o conhecido.

O mundo é a mente.
Tudo o que conhecemos é a mente.
Qualquer que seja o enredo,
seja ele mental ou emocional, acontece na mente.
Investigando mais à fundo, os sentimentos são descritos mentalmente.
A mente contém e cataloga todos os sentimentos,
além de aceitar uns como proprietária e tentar eliminar outros como indesejáveis.

Mesmo quando se sente muito feliz, isso é a mente.
Feliz é um estado de sentimento que ocorre na mente,
descrito pela mente, conhecido pela mente e valorizado pela mente.
Por isso, ao receber a proposta de que você seja "não-mente", Silêncio,
de que você não seja a sua mente, a mente não entende.

O segredo compartilhado em Satsang é que você é Silêncio.
Realizar a si mesmo, seria tomar este segredo à risca.
No Silêncio não tem ruído, não tem problema.
Quando os problemas começam a aparecer
é porque está havendo uma sabotagem -
a mente nota que não é bom seguir rumo ao desconhecido,
porque, nele, ela some.
Então, ao invés de assumir que você está optando pelo sumidouro dela,
a mente propõe que você está com náuseas, com dor de cabeça,
que o seu sistema orgânico está disfuncional...
Ou seja, ela sabota completamente o estado de ser tranquilo,
quando nota que não é mais o capitão.
Ela propõe o afastamento da Verdade e a aproximação da manutenção
daquilo que nos foi apresentado como realidade.
A mente assume esse papel em detrimento à Verdade
e o segredo fica inescrutável.

Todo esse movimento é intra-mental,
pautado na ideia de que você esteja fazendo mal a si.
Mas o Silêncio não faz mal nem a você nem a ninguém.
A quem faz mal, aproximar-se do desconhecido?
O medo é da mente.
Ela cria situações que geram efeitos
e fazem com que você se afaste do essencial.
Então, estando diante do desconhecido,
talvez haja durante um certo tempo uma diarréia.
Mas veja isso como um expurgo,
porque a Verdade tende a corromper aquilo que é irreal,
e se você está muito identificado com o que não é real,
a presença da Verdade gera uma aparente desestrutura.

Se olhássemos para um círculo extremamente clássico e ¨anciente¨,
nesse momento, tal mente seria forçada
a permanecer em contato com o abismo.
Porque a Verdade é simples,
e para Ela não tem nada que não seja absurdamente simples.

Recorra ao Silêncio que você é, Agora.
Não tem nada para ser entendido.
A mente tenta estruturar, mas na presença da Verdade
isso se torna impossível.
A Verdade não é sistemática, não é racional,
portanto, se você entra com a sua cabeça,
tem a sensação de estar a "desaparafusar" tudo,
porque uma coisa não parece encaixar na outra.
Mas é isso mesmo. Não tem encaixe.
A Verdade é completamente aberta, espontânea.
Não se trata de uma leitura ou um discurso embasado num sistema.
É espontaneamente que, em Satsang, nos encontramos
e quedamos com a pergunta final: Quem somos nós?

2 comentários:

  1. waaaaaaaaaaaaaauuuuuuuuuuuu
    Love Master

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  2. Maravilha , o Silêncio nos coloca centrados e uma sensação prazerosa e de conforto sendo assim a mente não reconhece.

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