segunda-feira, novembro 1

entre a tensão e a dissipação, agora.
















Suspenda o que pensa, suspenda aquilo que os outros pensam
e olhe carinhosamente para dentro, para aquilo que É aqui e agora.

Não espere nada desse olhar para dentro,
não ponha nenhuma meta... simplesmente olhe para dentro.
E talvez você comece a se dar conta que o timão que está nas suas mãos está solto,
não está ligado ao sistema de controle do barco.

Quando nota que o timão não está ligado,
você pode se deleitar em fazer movimentos bruscos e inesperados,
para ver se o barco muda de rumo;
ou pode tirar completamente as mãos do timão para que,
de uma vez por todas, suas mãos possam ser usadas para outros fins.

Na verdade, preciso dizer isso muito cuidadosamente,
porque qualquer outra coisa em que você ponha suas mãos,
pode vir a ser um novo timão.

Portanto, descanse. Deixe de ser você por uns dias.
Nada precisa acontecer. E é em dar-se conta disso
que, talvez, torne-se mais claro o quão independente de você
é o movimento das coisas.

Renuncie à indulgência de seguir os sentidos como mestre.
Tire as mãos do timão.
Em certas disciplinas, existe um esforço para negar a experiência sensorial.
Em outros sistemas, existe a glorificação dos sentidos;
como se eles pudessem satisfazer o supremo desejo.
Eu proponho que você nem siga, nem renegue.
Ambos os caminhos, são caminhos sem fim.
Ou melhor: são becos sem saída!
Nem siga, nem negue - esse é o segredo.
Você já tentou esses caminhos: negou e entrou na indulgência dos sentidos.
Ambos, a tensão de negar os impulsos sensorias
e a dissipação de seguir esses impulsos,
causam desnecessários sofrimentos.
O desafio é estar quieto, sem reprimir, nem seguir.

Um comentário: