quarta-feira, março 6

objetos, nenhum: adoráveis


O verdadeiro amor não tem oposição. O verdadeiro amor, na verdade, não tem objeto. Eu sei que é uma improbabilidade que isso seja dito para uma grande massa, que isso seja inteligível à grande maioria, mas estamos aqui para burlar o senso comum.

A verdade é que, por não ter objeto, todos os objetos se tornam adoráveis – o que gera um problema social, muitas vezes. Se ainda não notou, está em tempo de perceber que uma revolução cultural está se aproximando. Ela é necessária. Existe tremenda disfunção nos modelos antigos.

Chamamos de "primitivos" aqueles que não tem TV, sistema de saúde, automóveis... e olhamos para eles a partir daquilo que eles não têm. No entanto, ignora-se que tampouco eles tinham a doença. A doença foi inventada – e é constantemente reinventada – pelo assim chamado "progresso".

A nossa sociedade foi condicionada como uma sociedade doente. E, como se não bastasse, propagamos a doença – o homem branco leva a nova gripe ao índio, que morre. Você quer se adequar a isso? As relações humanas, assim como você as concebe, estão previstas dentro de um quadro – limitado, diga-se de passagem.

Tente sair desse quadro e veja. Você pode vir a ser julgado e, quem sabe, condenado. Mas, se quer a minha opinião, eu realmente desejo que você seja condenado à Liberdade de ser quem você realmente é. Resgatar a sua verdadeira natureza é a única meta que deve ser mantida. E não há a menor chance de que, pautado no Ser, alguma outra coisa possa ser vista ou compartilhada que não o verdadeiro amor. 

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