segunda-feira, dezembro 19

o azul e o castelo de areia

Considerando que você tem vivido até hoje confidente da ideia de ser o corpo, é justificável a crença de ter que fazer tudo o quanto for possível para que este corpo não morra – porque morrendo o corpo, morreria você. Porém, trago uma pergunta: Será que você é este corpo? Será que você pode ser removido pela morte do corpo? Ou existe a possibilidade de que Aquilo que você realmente é permaneça, apesar da morte do corpo?
A mente tece um milhão de teorias a respeito da morte. Mas não importam as alegorias, qualquer que seja a alegoria, investigue! Alegorias também são castelos de areia.
Para você ser capaz de matar ou de morrer enquanto "alguma coisa", você precisa ser "essa coisa". Mas, se nota que aquilo que você está chamando de "eu" sofre do mesmo fenômeno espaço-temporal que todos os outros objetos à sua volta – ou seja, passível de medição, que teve um início, está tendo um meio e está fadado a ter um fim, pode ser pesado, tocado... acessado através dos sentidos –, se consegue perceber isso, proponho uma investigação ainda mais profunda: quem consegue notar tudo isso? Guarde essa equação por um instante.
Agora, abra a seguinte porta: A Consciência pode ser vista, medida, pesada ou comprimida em algum espaço? Não, ela não pode. Nesse caso, por onde poderíamos começar, se quiséssemos matá-la? Como? Onde a Consciência começa e onde ela termina?
A Consciência não nasce e, portanto, não morre. Esta é a Verdade a respeito de quem você é. Ou você casa com isso, de uma vez por todas, ou continua sonhando com seus castelos de areia.

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